Jardim Zoológico de Lisboa: A nova Arca de Noé
Aqui no Jardim Zoológico ouvimos o rugido dos animais e respeitamos os seus desejos e necessidades. Procuramos manter a continuidade entre espécies protegendo-as da extinção, seja esta ameaçada pela alteração climática, ou pela intervenção do homem.
«O Jardim Zoológico tem um papel muito grande, quase como se fosse uma Arca de Noé.» -Diogo Gomes, Biólogo do zoo de lisboa
Conheça então algumas das espécies que o nosso jardim zoológico protege e conserva nesta arca. Saiba a causa do perigo de desaparição da vida animal e ajude-nos.
Nota: Os apresentados em artigos, serão apenas mamíferos. Uns foram os escolhidos pelo facto do nosso jardim zoológico estar envolvido em projetos para salvar estes animais. Outros, pelo facto de estarem criticamente em perigo de extinção.
Tigre-siberiano – O imperador
Sabia que...?
O Tigre-Siberiano, também conhecido como Tigre da Sibéria, é especialmente conhecido por ser o maior felino do mundo. Estes podem chegar até aos 300 kg e aos 3 metros de comprimento. A sua horade refeição predileta é à noite, esperam que escureça para irem caçar. São carnívoros alimentando-se da carne de variados animais, e se for preciso até comem peixe.
Estes tigres normalmente encontram-se em vales com encontras rochosaspróximo ao Rio Amur na Sibéria, daí o seu nome "siberiano". No entanto, o seu território tem sido ameaçado devido à presença humana.

Fonte: Unsplash
Extinção:
Estes tigres estão em perigo devido à atividade do homem no seu território, e têm sido alvos de caça. Por um lado, são alvos por serem vistos como fontes de riqueza, para aqueles que vendem a sua pele e órgãos. Por um outro por serem considerados uma ameaça para a população da zona.
Atualmente existem diversos programas para tentar salvar esta espécie em via de extinção, através de criação de áreas protegidas. E já foi ilegalizado a captura destas espécies, apesar de ainda existirem alguns casos atuais.
Com o avançar da tecnologia já foi permitido realizar a primeira inseminação artificial de uma fêmea Tigre-da-Sibéria. Esta foi realizada na Europa em 1997, com o apoio da Zootécnica Nacional.
Se quiser ajudar, pode sempre visitar o nosso zoo e conhecer mais sobre esta espécie, ou então apadrinha-la.

Leopardo-da-pérsia – o Turbo
Sabia que…?
O leopardo-da-pérsia, também conhecido como leopardo persa, ao contrário do Tigre-siberiano é o mais pequeno entre a família dos grandes felinos. Contudo, é o maior entre a família dos leopardos. É importante ter em conta de que a sua cauda é maior do que o tamanho de o seu tronco. Por norma este animal pesa entre os 30 a 60 kg quando fêmea podendo chegar até aos 90kg quando macho.

Fonte: Zap.aeiou
Os leopardos são animais capazes de se adaptar a diversos habitats, desde desertos a pântanos. Porém, na atualidade, só encontramos este tipo de leopardos na Ásia Central, devido a destruição de habitats, por parte da raça humana.
Estes seres caçam tanto durante o dia como à noite. Apesar de carnívoro, têm uma dieta bastante variada. Sendo esse um dos motivos deste animal ter a habilidade de se adaptar a diversos ambientes. São animais bastante territoriais e as fêmeas são bastante protetoras até ao primeiro ano das suas crias.

Fonte: Unsplash
Extinção:
Nos dias de hoje, esta espécie está em grande perigo de extinção. Os seus habitats foram destruídos, o que levou a uma diminuição de recursos alimentares. Estes animais também foram alvos de caça a troco de não só de bens materiais como de gratificação. Tanto pele como ossos destes animais são utilizados como troféus, por aqueles que terminam com a sua vida.
Existem programas que procuram combater a extinção deste animal. Um deles é Programa Europeu de Reprodução da espécie, do qual o nosso jardim zoológico coordena desde 2013.

Fonte: Unsplash
Neste programa procuramos reintroduzir esta espécie no Parque Natural de Sochi na Rússia. Os animais são preparados num ambiente semisselvagem, até que estejam prontos para se introduzirem novamente na Natureza
A primeira introdução foi feita em 2016, com a libertação de dois casais de leopardos que estavam introduzidos neste programa.
Atualmente existem menos de 1200 animais desta subespécie. Se quiser ajudar, pode sempre visitaro nosso zoo e conhecer mais sobre esta espécie, ou então apadrinha-la.

Lince Ibérico – o solitário
Sabia que…?
O lince Ibérico é um animal cuja pelagem é uma das suas maiores características. A sua pelagem é muito clara e o comprimento dos pêlos do seu rosto são maiores conforme o género e idade. A cauda é curta, e tem pêlos pretos de forma vertical na extremidade das orelhas. Normalmente pesa entre 7 a 10 kg.
Estes animais são típicos da Península Ibérica. Encontrando-se na Espanha e em Portugal, em áreas de abundante vegetação. Este foi considerado uma das espécies mais ameaçadas do mundo pela União Internacional para a Conservação da Natureza até ao ano de 2015.

Fonte: Unsplash
Estes animais são estratégicos no que toca à caça. Estes são pacientes, e aguardam pelo momento certo para poder atacar, e quando o fazem agem de forma rápida e precisa. Este tipo de caça é considerado uma emboscada.
Tal como o Leopardo persa, é um animal que caça tanto durante o dia como à noite, e é carnívoro. No entanto, a sua dieta não é tão variada quanto à do leopardo, este come maioritariamente coelhos bravos e aves.

Fonte: Unsplash
Estes animais são solitários. As crias mantêm-se até aos 20 meses junto aos seus progenitores. E quando chegam a essa idade abandonam-nos e começam a ser a independentes
Extinção:
Existem três razões que justificam a extinção destes seres. A primeira devido à perda de alimento, tendo em conta a diminuição de coelhos-bravos. A segunda devido à destruição e deterioração do seu habitat. E por fim, por serem vítimas de atropelamentos, por viverem perto de zonas urbanas.

Fonte: Unsplash
O Programa Lince, procura ajudar esta espécie em perigo. Este é resultado de uma parceria entre a Liga para a Proteção da Natureza e a organização internacional Fauna & Flora Internacional (FFI). O objetivo deste programa é conservar as áreas que possam ser habitadas por esta espécie. Para que estas possam viver protegidas, sem correr riscos da intervenção humana de forma negativa.
No presente conseguimos aumentar a população de Linces Ibéricos, tendo em conta os valores de 2010. Por esse motivo, em 2015 deixou de estar na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). No entanto, não deixa de ser uma espécie em risco de extinção.
Para isso trabalhamos para poder resgatar e salvar estes animais. E contribuir para que esta espécie continue a existir. Se quiser ajudar, pode sempre visitar o nosso zoo e conhecer mais sobre esta espécie, ou então apadrinha-la.

Chimpanzé – o comunicador
Sabia que…?
O Chimpanzé pertence à família dos Hominídeos. Chegam a ter até 95cm de altura, apesar de o macho ser mais alto do que a fêmea. E podem pesar até aos 70 kg. Estes são provenientes da África, habitam em florestas tropicais e na savana.
Estes têm um pelo comprido negro, e a face é nua. Os seus braços são longos para que tenham maior facilidade em se balançarem passando de árvore para árvore. Podendo assim serem ágeis.

Fonte: Tvi.iol
Estes, ao contrário dos felinos apresentados anteriormente, são animais sociáveis. Têm grupos com que se associam, e vivem em hierarquia. Nesta sua organização social o macho encontra-se numa posição superior à fêmea.
Os chimpanzés comunicam através de gestos e de sons. Foi já possível distinguir mais de 30 vocalizações diferentes utilizadas entre eles. Eles são preocupados com o grupo no qual se inserem tentado sempre manter a mesma estrutura.
Quando se trata de caça, estes constroem ferramentas para adquirir o seu alimento. Estes procuram alimento em conjunto de forma pensada. São animais omnívoros e comem desde frutas a ovos, nozes e carne.

Fonte: Unsplash
Uma cria de Chimpanzé pode amamentar até aos 4 anos. Esta espécie só consegue reproduzir a partir dos 7. Uma gestação de uma cria pode chegar a ter a mesma duração que a gestação de um ser humano.
Extinção:
O desaparecimento da população destes animais tem sido uma consequência da caça ilegal para consumo humano. Também tem sido resultado da destruição do seu habitat. Com isto podemos concluir que a razão central tem sido a atividade humana sobre a vida dos chimpanzés.

Fonte: Unsplash
Atualmente existem Santuários que dão abrigo a estes animais. Em junho do ano passado o santuário da África Central acolheu três novos chimpanzés que tinham sido vítimas de maus tratos. Neste local estes animais recebem diariamente um menu variado de frutas, provenientes de mercados locais.
Aqui no Zoo conservamos e protegemos esta espécie. Se quiser ajudar, pode sempre visitar o nosso zoo e conhecer mais sobre esta espécie, ou então apadrinha-la.

Camelo – o persistente
Sabia que…?
Os camelos são conhecidos pelas suas duas bossas que se encontram nas suas costas. São animais típicosdo deserto, que podemos encontrar principalmente no centro de Ásia e no norte da África. Ele pode pesar até 600kg e ter até 3 metros de comprimento.
Estes têm pestanas vistosas e sobrancelhas grossas, para se protegerem da areia dos desertos. As suas bossas servem para armazenar gordura, de forma a que aguentem longos períodos de tempo sem se alimentar. Da mesma forma, aguentam longos períodos sem se hidratarem.

Fonte: Unsplash
Estes são herbívorose são animais diurnos. Eles tendem a caminhar em grupos em busca de alimentos. Todavia, preferem estar sozinhos quando se alimentam ou descansam.
Estes animais são bastante utilizados como meio de transporte por humanos, e até mesmo como atração turística. Atualmente, também são feitas competições de corrida entre camelos.
Extinção:
O camelo selvagem atualmente encontra-se criticamente em perigo por motivos relacionados com as ações humanas. Ele tem sido alvo de caças por parte de humanos, e tem tido o seu habitat destruído. É também vítima de ataques de outros animais. Um outro motivo para o seu desaparecimento em massa tem sido os plásticos abandonados, que são ingeridos pela espécie.

Fonte: Unsplash
Na atualidade, não há muitos programas de preservação de camelos selvagens. No entanto, tem existido pequenas conquistas locais contra o mau trato destes animais, e a sua exploração. No Egito, em 2020, já foi proibido o uso desta espécie para visitas às pirâmides. Contudo, isto só foi permitido porque 500 mil pessoas assinaram uma petição contra os maus tratos dos animais.
No zoo preservamos esta espécie, e garantimos o seu bem-estar. Se quiser ajudar, pode sempre visitar o nosso zoo e conhecer mais sobre esta espécie, ou então apadrinha-la.

Gorila-ocidental-das-terras-baixas: O verdadeiro King Kong
Sabia que…?
O Gorila-ocidental-das-terras-baixas é considerado o maior entre as subespécies dos primatas. O macho pode chegar a 191 kg e ter 180 metros de comprimento. Entre os gorilas existe um que é dominante que é rodeado por várias fêmeas e as suas crias. Uma das formas de distinguir o macho da fêmea é pelo tamanho. Outra é pela tonalidade do pelo, o macho adulto tem um tom mais acinzentado.

Fonte: Unsplash
Estes são animais herbívoros, que andam em grupos, compostos por cinco a dez indivíduos. Normalmente os gorilas dominantes procriam com todas as fêmeas que o rodeiam. E o tempo de gestação tem a duração de 9 meses, tal como o do ser humano.
Estes animais partilham 98% do ADN dos humanos. Os gorilas são animais calmos, no entanto como forma de intimidar o predador bate com as suas mãos no peito.
Extinção:
A subespécie é proveniente em África, no entanto atualmente correm um perigo critico de extinção. Mas porquê? Estes animais também têm sido alvos de caça, e perdido os seus habitats. Para piorar a situação estes também têm sido vítimas do Ébola.

Fonte: Unsplash
Na atualidade, o nosso jardim zoológico não tem nenhum programa público em andamento, relativo a esta espécie. Contudo trabalhamos para a preservar, e construir um local seguro para que estes possam viver. Há cerca de oito anos atrás nasceu uma cria desta espécie nos nossos estabelecimentos, que recebeu o apoio devido para o seu desenvolvimento.
Se quiser ajudar, pode sempre visitar o nosso zoo e conhecer mais sobre esta espécie, ou então apadrinha-la.
