140 anos de história do Jardim Zoológico

O Jardim Zoológico de Lisboa está prestes a celebrar 140 anos de História! Um compromisso antigo continua a ser respeitado, de garantir as melhores condições aos seus habitantes e a melhor experiência aos curiosos do mundo animal. Todo o parque é História, e é precisamente esse o foco nesta comemoração.
Vamos retornar um século e explorar acontecimentos marcantes, espécies que na altura eram apenas novidades, inaugurações que até hoje são um sucesso e os feitos deste grande Santuário dos animais construído na Quinta das Laranjeiras, em Lisboa.
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Conheça alguns dos momentos mais marcantes na História do Zoo
Os Anos 90 foram uma loucura para o Jardim Zoológico de Lisboa. Reconhecido oficialmentepelo Congresso da República como uma instituição de Utilidade Pública.
O Grupo dos Amigos foi fundado, com o presidente Dr. Manuel Arriaga como membro inicial.

O grande fenómeno publicitário com a chegada do primeiro Hipopótamo ao Zoo, o que fez surgir uma onda imensa de popularidade.
O Hipopótamo foi e continua a ser um fenómeno do Jardim Zoológico de Lisboa.
Vamos conhecê-los?

Hipopótamo – O Fenómeno Publicitário
(Hippoptamus amphibius)
O hipopótamo-comum é um mamífero de grande porte, natural da África subsariana e uma das únicas espécies não extintas da família Hippopotamidae.
Certamente é uma das criaturas mais distintas da vida selvagem. Com uma pele quase nua protegida por uma secreção avermelhada, e os seus impressionantes caninos que nunca param de crescer, este animal semiaquático tem adaptações únicas para a sua vida na água.
A aparência fá-lo parecer calmo e sereno. Não se engane! Os hipopótamos são extremamente territoriaistendo um hábito curioso de espalhar as suas fezes e urina como forma de marcar o seu território, através de movimentos giratórios da cauda. Durante o dia, reúnem-se em grupos na água, enquanto de noite aventuram-se solitariamente em busca de plantas para se alimentarem.

O seu ritual de reprodução é único! A cópula ocorre dentro de água, e antes do nascimento da cria, a fêmea torna-se especialmente protetora, isolando-se do grupo por até 2 semanas.
Encontram-se facilmente junto de lagos e rios em África e variam entre os assustadores 2,10 e 5,05 metros de comprimento e podem atingir as 4,5 toneladas.
São criaturas impressionantes e por isso mesmo enfrentam ameaças sérias à sua sobrevivência, incluindo a perda de habitat e a caça ilegal. É então necessário um esforço contínuo para proteger a espécie. Trabalho esse que desenvolvemos diariamente, o de proteger estas criaturas que não passam nada despercebidas na natureza selvagem.
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Continue connosco nesta Viagem ao Passado!

No ano de 1926, o Jardim Zoológico recebeu uma adição emocionante; o seu primeiro Elefante Africano, juntamente com dois dromedários, presenteados pelo rei de Itália. Essa chegada representou um marco significativo para o zoo.
Em maiodo ano seguinte, o arquiteto de renome Raul Lino deixou a sua marca com a inauguração de uma nova área; a Aldeia dos Macacos! Uma obra que trouxe um novo ponto de interesse para o parque e que se tornou rapidamente uma das suas principais atrações.
Hoje, tanto os Elefantes, na Savana MEO, como o Templo dos Macacos, (aldeia na altura), são o foco dos mais novos e das famílias quando visitam o Jardim Zoológico.
Saiba mais sobre estas Espécies tão famosas no nosso Zoo.
Elefante-Africano-de-savana – "O Maior"
(Loxodonta africana)
O Elefante-africano, em perigo de extinção, é o maior animal terrestre e a sua tromba torna-o inconfundível. Esta, ajuda-os a beber água e a ingerir alimentos e pode pesar até cerca de 200kg.
Uma das suas características mais marcantes passa também pela sua estatura, podendo atingir cerca de 8 metros de comprimento e 4 de altura, possuindo um corpo que pode chegar a 7 toneladas.
Apresentam-se como uma das espécies com maior esperança média de vida, em torno dos 56 anos. Contudo, as presas que possuem na mandíbula superior, torna-os alvo de caça predatória, com o objetivo de retirar o marfim que estas possuem.

Vivem em comunidade e é a fêmea mais velha que lidera. Em relação à reprodução, a gestação do Elefante-Africano é algo curioso, na medida em que a fêmea passa 22 meses a gerar o filho, que nasce já com 100cm, em média.
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A Savana MEO – Saiba como 3 espécies distintas coabitam como se da Savana se tratasse.
Apresenta-se como o novo habitat dos Hipopótamos, Girafas e Elefantes.
Tendo a natureza como inspiração, dá enfâse a elementos naturais como a vegetação, os pontos de água e diferentes coberturas de solo (terra e areia). Procura, no fundo, transmitir a sensação de que estas três espécies coabitam, como se de uma savana africana se tratasse.
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O Templo (Aldeia) dos Primatas
Conheça o espaço que mais fascina os mais novos.
O Templo dos Primatas, é uma das principais atrações do Jardim Zoológico de Lisboa.
Construído de acordo com as necessidades das espécies que o habitam, esta conta com uma longa vegetação, cascatas, lagos, estruturas, pontes e cordas, que fornecem aos primatas a sensação de casa.
Devido à sua estrutura inovadora, os visitantes conseguem contactar com os primatas de uma forma mais real, até já é possível ver o abrigo quando eles recebem tratamentos médicos.
Com o papel pedagógico e educativo que procuramos exercer, o espaço conta também com informações detalhadas, características, curiosidades e riscos que as espécies enfrentam.
Atualmente, o templo conta com várias espécies de primatas; orangotangos, chimpanzés e gorilas. Para além de funcionar como um lar, a nossa Arca de Noé, procura ajudá-los "a recuperar os comportamentos e hábitos próprios da sua subespécie", tal como disse a tratadora Maria da Paz, ao referir-se aos macacos-do-nariz-branco, numa entrevista que fez à revista do Jardim Zoológico, em janeiro de 2019.
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Que tal uma Curiosidade?
Vamos falar um pouco sobre a "Canção de Lisboa".

Tido como o filme português que subiu o preço dos bilhetes!
Um monumento cinematográfico português realizado por Cottineli Telmo que alcançou um enorme sucesso. O fenómeno era tanto que a estreia do mesmo ainda estava distante e a "Canção de Lisboa"já causava multidões à procura de conhecer o realizador e as futuras estrelas.
"A rapaziada que se acumulava em grandes grupos à espera da saída das cinéfilas não cessava de largar piadas onde o espírito se fazia raro e a cretinice predominava. Chegou a ser necessário chamar um polícia para intervir porque a multidão manifestava por vezes uma possível tendência a invadir a entrada do Automóvel Club", comentou na altura o jornalista de Animatógrafo.
Que tal reavivar a memória?
E para os mais distraídos...

Umas das cenas mais emblemáticas do filme é gravada exatamente no Jardim Zoológico de Lisboa. Esta que ficou tremendamente famosa e na memória das pessoas até hoje.
Para os mais curiosos e que queiram reavivar a memória, a cena é relativa ao passeio de Vasco com as tias pelo Jardim Zoológico de Lisboa. Nesse momento o mesmo tenta convencê-las de que consegue diagnosticar as maleitas, (doença transmitida por parasitas), dos animais.
O dia de gravações foi marcado pelo olhar desconfiado de alguns companheiros primatas perante as câmaras. "Os bichos devem ter apanhado uma indigestão de amendoim e cenoura. Para lhes captar as simpatias, não houve técnico ou artista que não trouxesse aos símios uma guloseima", relatou o cinematógrafo em julho de 1933.
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Por falar em grandes êxitos...
A Aldeia Piscatória Portuguesa

Também uma das grandes atrações, que nos anos posteriores, mobilizou escolas, eventos festivos e encheu as medidas e as expectativas do público mais jovem, inaugurada no ano de 1995, a "Baía dos Golfinhos" como normalmente é apelidada, ou delfinário.
A construção do espaço à imagem de Portugal é algo de que nos orgulhamos pela imagem distinta que retiramos em relação a outros espaços que possuam os mesmos animais. É espantosa a recriação do farol de forma a imitar uma típica aldeia piscatória portuguesa, e fascinante as três piscinas enormes com os seus 6 metros de profundidade de forma a dar a liberdade necessária no espetáculo dos famosos golfinhos.
Os espetáculos e apresentações entre golfinhos ou leões marinhos e os seus treinadores pretendem transmitir uma mensagem de conservação da biodiversidade marinha. Cada vez mais estas apresentações servem como tentativas de aliar o entretenimento e o carinho aos animais aquáticos com a sensibilização dos visitantes para as ameaças ainda existentes e, dessa forma, promover uma mudança de ideais e comportamentos.
Curiosos?
Contamos com vários vídeos acerca dos nossos amigos aquáticos nas diferentes Redes.
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Foi difícil escolher como queríamos acabar este artigo de celebração de 140 anos de História do Jardim Zoológico de Lisboa.
Uma pista?

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O Rei da Selva teve um papel muito importante no caminho para o nosso objetivo. O de deixarmos de ser apelidados como uma simples, "montra de animais".
Aos olhos das pessoas, nos anos 90, a falta de sensibilização e informação generalizada sobre a importância para a preservação ambiental, tornava o Jardim Zoológico num espaço, onde não existia qualquer respeito com e liberdadedos animais. Na altura, a exibição dos mesmos em jaulas pequenas, com chão de cimento e paredes revestidas de azulejo, dava alguma verdade ao pensamento dos críticos.
Como diria Leonel Carvalho, arquiteto e diretor de manutenção do Jardim Zoológico de Lisboa desde os anos 90: Na altura, os animais viviam, "sem acesso ao sol, à lua e às estrelas".
O Novo Habitat dos Leões marca um Rumo no Jardim Zoológico
Inaugurado, a 22 de maio de 1931, na presença do Presidente da República e outras autoridades, o chamado Solar dos Leões. A primeira instalação do Zoológico sem barras de ferro na frente, o que possibilitava uma visão completamente diferente e inovadora dos felinos.
Um avanço enorme naquele que foi o começo da aliança entre a satisfação da curiosidade dos visitantes em relação aos animais e a garantia do respeito com estes, para que cada vez mais, e até hoje, se sintam, como se no seu habitat natural estivessem a viver.
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Sim!! Sabemos que quer saber mais sobre a espécie
Leão Africano – O Rei da Selva
(Panthera leo bleyenberghi)
O Leão-Africano é uma espécie de mamífero carnívoro da família Felidae. A espécie é atualmente encontrada na África subsariana e na Ásia. É um dos quatro grandes felinos, com alguns machos que podem chegaraos 240kg.
É a única espécie de grandes felinos que vive em grupos, onde existe um macho Alfa, as fêmeas e as crias. A ele compete-lhe a defesa do território e às fêmeas, a caça noturna.
POR FIM.
5 curiosidades acerca do Segundo maior Felino à face da Terra
Os seus rugidos são sinais de comunicação importantes para manter a coesão do grupo e delimitar o território;
Apesar da sua imagem feroz, os leões passam a maior parte do tempo a descansar, 20 horas por dia em média, de forma a terem a energia suficiente para lidarem com a defesa do território e a caça noturna.
É possível às fêmeas amamentarem as crias de outras através da sincronização dos cios.
O leão é o primeiro a comer, independentemente de a fêmea ter mais trabalho a conseguir a caça. Caso algum membro do grupo queira desafiar essa "regra", as consequências podem ser mortais.
A cor da juba remete para a idade do Leão. Quanto mais escura, mais velho é o felino.
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